Países da Bacia do Prata fazem campanha contra febre amarela

Esta semana a Organização Pan-americana da Saúde (OPS/OMS) atualização os dados sobre a situação da febre amarela na América do Sul. O organismo destaca que devem “continuar os esforços para imunizar a população em situação de risco e para que sejam feitas as ações necessárias para manter informados e vacinados os viajantes que se dirigem para áreas onde é recomendada a vacinação contra esta doença”.

Nos países da Bacia do Prata, a OPS/OMS registrou focos na Bolívia e no Brasil (este último com a maioria dos casos identificados). As altas temperaturas registradas no hemisfério Sul nesta época do ano aumentam a proliferação dos mosquitos transmissores da doença. Por isso, todos os governos da região fazem campanhas de prevenção e vacinação, mesmo naqueles onde ainda não há casos registrados.

Na Argentina, as autoridades sanitárias estão vacinando e alertando, sobretudo em Misiones e em Corrientes. Nessas províncias da região nordeste do país existem focos de mosquitos transmissores.

Na Bolívia, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Unidos contra a Febre Amarela”. Em casos de alta temperatura, náuseas, olhos e pele amarelados (icterícia), é preciso procurar um médico o mais rápido possível. No entanto, os sintomas variam e podem até ser confundidos com os de uma simples virose. 

No Uruguai serão vacinadas as pessoas que apresentem certificado médico. O ministro interino de Saúde Pública, Jorge Quian, informou a um meio de comunicação local que foi disponibilizada uma lista informando os locais neste país onde é possível receber a imunização.

O Departamento de Migração do Paraguai alerta que passageiros provenientes ou com destino aos estados brasileiros de Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro precisam apresentar o certificado internacional da vacina contra a febre amarela. Já a Secretaria de Informação e Comunicação deste país divulgou esta lista indicando quem pode tomar a injeção e para quem ela é contraindicada.   

Alguns países e companhias aéreas estão pedindo comprovante de vacinação internacional contra a febre amarela para permitir o trânsito de estrangeiros e assim evitar a proliferação da doença. Em caso de viagem, a OMS ressalta que é preciso aplicar a injeção pelo menos dez dias antes do traslado para garantir a imunização.